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BID anuncia ampliação do crédito para financiamento do setor privado no desenvolvimento social e ambiental no país

Durante a viagem aos EUA, o Sindicato Nacional das Empresas de Limpeza Urbana – SELURB promoveu, no dia 16, uma reunião de trabalho na sede do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), entre empresários e executivos do setor com os chefes das áreas de Ambiente e Governança, Luiz Gabriel Todt de Azevedo, e de Saneamento, Yvon Mellinger, do banco. Na ocasião, Andreas Grusson, Júlio Volotão, André Bonelli, Thiago Fernandes e Alexandre Bueno, do Grupo Estre; Lucas Radel, do Grupo Solvi; Marcio Matheus, Carlos Rossin e Fabrício Soler, pelo Selurb, trocaram informações sobre o perfil do setor de resíduos sólidos no Brasil, necessidades de investimento e linhas de financiamento para ampliar as estruturas e os serviços da gestão de resíduos de modo a equalizar o desenvolvimento social e ambiental no país.

Entre os temas abordados, avultou a dificuldade do país na implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), conforme indicadores do Índice Sustentabilidade da Limpeza Urbana (ISLU), que afere a aderência dos municípios brasileiros à PNRS. Nas discussões foram anunciadas novas possibilidades de aporte financeiro para o setor privado no Brasil mediante ampliação do crédito atual de US$250 milhões para US$1,5 bilhões, em função da adesão de novos fundos investidores às iniciativas do BID, decorrente da singular diligência sócio ambiental do banco de fomento para concessão de créditos.

Outra novidade compartilhada pelo BID foi a possibilidade de considerar, na concessão de crédito para projetos no Brasil, a avaliação de risco do país sede da empresa interessada. Outros assuntos, como o novo marco regulatório do saneamento – recém-apresentado pelo governo brasileiro – e a sustentabilidade econômico-financeira dos serviços de limpeza urbana também assumiram relevo na pauta das discussões.

“O BID é a principal fonte de financiamento para o desenvolvimento de áreas como Educação, Saúde e Infraestrutura nos países da América Latina e Caribe, trabalhando continuamente para a redução da pobreza e desigualdade, inclusive quanto à saúde pública e a qualidade ambiental, daí a importância de apresentar a eles as soluções concebidas pelo setor privado para destravar a PNRS”, diz Matheus.

Três dias depois, a equipe do SELURB e parte dos integrantes da comitiva também se reuniram com o Diretor da Área de Desenvolvimento Urbano do Banco Mundial, Sameh Wahba, para discutir os mesmos temas pela ótica do setor público.