Greve dos caminhoneiros: SELURB atua junto à imprensa e sindicatos
A coleta de lixo foi um dos serviços essenciais impactados pela falta de combustíveis no país, decorrente da paralisação dos caminhoneiros, que teve início em 21 de maio e durou 10 dias. O setor recorreu a planos de contingência e adotou alternativas para prolongar ao máximo o que restava de combustível para manter a coleta de resíduos nas cidades brasileiras.
A fim de demonstrar à sociedade a gravidade do problema, os riscos que estavam associados à falta de combustível para o serviço de limpeza urbana e, principalmente, os esforços do setor para realizar a coleta dos resíduos, o Sindicato Nacional das Empresas de Limpeza Urbana (SELURB) divulgou nota oficial à imprensa e concedeu entrevistas sobre o tema a veículos como Folha de São Paulo e Gazeta do Povo. O objetivo da iniciativa foi blindar as empresas de possíveis críticas, caso a situação se agravasse em algumas cidades.
Em São Paulo, por exemplo, a Prefeitura chegou a suspender a coleta de lixo no dia 25 de maio e obteve liminar na Justiça obrigando a liberação de caminhões de combustíveis para serviços essenciais, como o da limpeza urbana. Neste momento, o SELURB também enviou ofício aos Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens do Estado de São Paulo e das Empresas de Transporte de Cargas do Estado de São Paulo e Região ressaltando a determinação da Justiça para “a imediata cessação dos atos de protesto que impeçam, obstaculizem ou prejudiquem a saída, transporte ou entrega de combustível para serviços essenciais, dentre os quais os serviços de limpeza urbana e coleta de lixo”.
Com a continuidade da greve e o descumprimento da ordem judicial, as empresas seguiram buscando alternativas para conseguir carga extra de diesel para prolongar a capacidade de atendimento à população, mesmo com a situação crítica. Com isso, apesar de alguns atrasos e regiões sendo atendidas de forma alternada, o impacto nos serviços de coleta e limpeza urbana foram os menores possíveis, sendo totalmente normalizados em pouco tempo.
Junho/2018