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ISLU 2020 é destaque na imprensa

Como forma de relembrar os 10 anos da Política Nacional de Resíduos Sólidos, o Selurb divulgou com amplo destaque na imprensa e nas redes sociais os resultados da última edição do Índice de Sustentabilidade da Limpeza Urbana – ISLU, feito em parceria com a consultoria e auditoria PwC Brasil. O assunto ganhou destaque inicialmente no jornal O Globo, pelo colunista Lauro Jardim.  Ele enfatizou que, segundo o estudo, o principal obstáculo para melhora dos índices no Brasil é a resistência das prefeituras em implementar um sistema de cobrança voltado para os resíduos sólidos. Uma arrecadação via taxa ou tarifa para cobrir estes custos não existe em 58% dos municípios brasileiros, mas com o Marco do Saneamento as prefeituras terão até julho de 2021 para implementar algum tipo de cobrança.

Assim como Jardim, a Globonews destacou os números do ISLU 2020, reservando mais de 10 minutos de sua programação para o assunto e ouvindo o diretor de Sustentabilidade do Selurb, Carlos Rossin. A emissora reiterou que a falta de sustentabilidade financeira, por ausência de arrecadação específica, é um componente dificultador do desenvolvimento do Brasil em relação aos resíduos sólidos.

Na mesma semana, a Agência Brasil e centenas de veículos pelo país repercutiram a principal mensagem do estudo, sobre a necessidade de estabelecer o custeio das atividades por meio da cobrança direta da população.

O ISLU 2020 analisou a realidade de 3313 municípios em todos os estados do país, constatando que 49,9% deles ainda enviam seus resíduos para depósitos irregulares e ilegais, os famosos lixões; 17,8 milhões de brasileiros sequer têm coleta de lixo em suas residências; apenas 3,8% dos resíduos são reciclados e somente 41,5% das prefeituras adotaram algum sistema de custeio individualizado, seja por taxa ou tarifa, para remunerar os serviços de manejo de resíduos sólidos, outra medida estruturante prevista na PNRS e que ganhou relevância com o novo marco legal do saneamento.

“Os resultados mostram que a legislação por si só não é suficiente. Os lixões a céu aberto, por exemplo, são proibidos no Brasil desde a década de 1950 e, mesmo assim, ainda existem mais de três mil deles espalhados pelo país. Mesmo com o novo marco do saneamento, o quadro só deve mudar se a atuação dos órgãos de controle, conforme vem ocorrendo em diversos estados, apoiar a estruturação técnica e financeira da gestão municipal de resíduos sólidos”, explica Marcio Matheus, presidente do Selurb.