Setor recorre ao governo federal para garantir serviços nas cidades
A captação e destinação correta do lixo se tornaram serviços ainda mais essenciais para manter a salubridades das cidades em tempos de pandemia, de acordo com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Decreto Presidencial nº 10.282, de 20 de março de 2020. No entanto, devido à crise gerada pela pandemia de covid-19, muitos municípios estão sofrendo com a queda de arrecadação, o que ameaça o pagamento dos serviços e sua continuidade, ainda mais considerando a inadimplência acumulada de cerca de R$ 18 bilhões nos últimos anos.
Para evitar o colapso da atividade, considerada mundialmente umas das principais barreiras sanitárias à propagação da Covid-19 e outras doenças, entidades representativas e empresas do setor estão envidando ações para que os municípios contratantes priorizem a sustentação dos serviços neste momento, evitando assim o agravamento do quadro caótico de saúde pública instalado no País, se necessário, recorrendo ao Governo Federal e aos governos estaduais para aporte dos recursos que garantam a continuidade dos serviços.
Por essa razão, no dia 27 de abril, as entidades que representam as empresas se reuniram com a equipe do Ministério da Economia para noticiar o risco e pedir, dentro do plano de apoio ao municípios, a reserva e o repasse antecipado e vinculado de recursos da ordem de R$ 7 bilhões, estimados suficientes para
financiar a atividade por três meses. Anualmente, o setor movimenta quase R$ 28 bilhões no país inteiro. A mesma solicitação foi feita na semana anterior ao Ministério de Desenvolvimento Regional, em reunião com o Secretário Nacional de Saneamento, Pedro Maranhão.